Perspectivas Para a
Educação Física Escolar
Controle ou Liberdade
– Qual a nossa escolha?
Sobre a Importância da “Aula
Livre”
Em 1° lugar, um momento onde se pode
proporcionar ao aluno, que ele escolha qual a atividade lhe agrada mais (algo
que na maioria das vezes não é possível no ambiente escolar).
Proposto este momento, o professor tem como observar “quem é o aluno”, ou seja, que comportamento este aluno apresenta (mais um aspecto que não é possível observar em atividades “controladas” ou muito direcionadas). Quem apresenta mais liderança, criatividade, agressividade, habilidade, dentre vários outros aspectos importantes de serem observados / descobertos.
Esta observação é fundamental para que conheçamos mais o nosso aluno, possibilitando um diálogo mais amplo, além de nos facilitar na escolha das atividades em outras unidades.
“Mas as escolhas dos alunos não são sempre as mesmas?”
A princípio pode-se pensar que sim (Futsal, queimado e pular corda), por questões de condicionamentos culturais e de influência da mídia.
Mas com o passar do tempo, percebe-se que as escolhas não são tão óbvias e atividades propostas anteriormente pelo professor, começam a estar presentes nas aulas livres (Pique-bandeira, Vôlei, Basquete, Karatê, Capoeira, são apenas alguns exemplos de atividades em que isso aconteceu na minha experiência), o que também não deixa de ser um segundo condicionamento, porém, mais interessante do ponto de vista da diversidade de movimentos vivenciados.
Outro fator muito importante: considero que o objeto de estudo e trabalho da Educação Física é o Movimento Humano.
Propor, ainda que poucas vezes no
ano (ou uma semana por mês, como tenho feito), uma “aula livre”, é propor que
todos estejam em movimento (incluindo aí aqueles que normalmente não se interessam
pela educação física).
Não podemos ter um discurso de “Educar para a Liberdade” se em nossa prática só propormos atividades controladas pelo professor, onde o aluno permanece a maior parte do tempo ‘sentado esperando sua vez’.
Aula Livre não é sinônimo de “Vale Tudo”, apesar de muitas vezes – para quem está de fora – parecer uma aula desorganizada. Citando um grande amigo: “É bagunça, mas é organizada”. E eu complemento: Organizada, Observada, com atenção e intervenção do professor em todo momento, mas com certeza com uma participação muito maior do aluno.
Ampliando o debate:
Mas não podemos achar que a questão da liberdade na escola se encerra apenas na discussão aula livre x aula com comando.
O simples fato de precisarmos ‘batizar’ esse momento de ‘aula livre’, pode já querer dizer alguma coisa.
Talvez esteja mais do que na hora de começarmos a pensar a escola como um local onde podemos exercitar mais a liberdade e claro, sempre atrelada à noção de responsabilidade.
Mas não podemos achar que a questão da liberdade na escola se encerra apenas na discussão aula livre x aula com comando.
O simples fato de precisarmos ‘batizar’ esse momento de ‘aula livre’, pode já querer dizer alguma coisa.
Talvez esteja mais do que na hora de começarmos a pensar a escola como um local onde podemos exercitar mais a liberdade e claro, sempre atrelada à noção de responsabilidade.
4 comentários:
único fator importante nesse assunto é o comprometimento, com compromisso qq coisa sempre vai dar certo, tanto para os educadores quanto educandos.
É o momento de observar. Na aula "livre" a criança se mostra. As interações ficam mais claras.
Obs: Comentário acima feito por Yemna Villaça*
Francisco, concordo com vc meu amigo. Comprometimento!
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