quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Construção do Conhecimento com o Outro: Diálogo e Afetividade na Relação Professor-Aluno*



RESUMO AMPLIADO**

         Em 2010 escrevi um artigo intitulado “O Karate-Do e a Criança: A Importância da Ludicidade no Processo de Ensino-Aprendizagem.” O mesmo foi apresentado no evento denominado “Jornada Pedagógica”. Nesta ocasião, ao montar o “power point” para a apresentação do trabalho, não senti necessidade de utilizar fotos das situações vividas em aula. Quando descobri que este mesmo artigo havia sido aceito para ser apresentado na I Semana Acadêmica do IEF / UFF -2012, ao mesmo tempo em que fiquei feliz, me vi preocupado com o pouco tempo para me preparar. Após revisar o artigo diversas vezes e repassar a ordem de apresentação no “power point”, diferente do que ocorreu em 2010, senti que o trabalho estava incompleto, que faltava algo muito importante. Ainda diante deste pensamento, percebi que nada poderia ser mais representativo para expressar tudo o que queria dizer, do que acrescentar imagens daqueles que eu considero os grandes responsáveis por eu chegar a falar sobre o assunto: meus alunos. Então, imediatamente fui rever várias fotos que tenho guardadas em pastas no meu computador, passando em minha mente, em poucos segundos, por um filme de várias situações, dias marcantes, pessoas inesquecíveis e inevitavelmente, de pensar como estão estas pessoas hoje? O que estarão fazendo? O Karatê ensinado por este professor que vos fala realmente fez diferença na formação destas pessoas?  Perguntas essas que não precisam, necessariamente, serem respondidas; se considerarmos que o mais importante foi: a convivência e o aprendizado mútuo com essas pessoas. Não é um processo unilateral nem simples, mas dialético. Ensinar enquanto se aprende; aprender enquanto se ensina (FREIRE, 1987); tanto eu quanto os educandos fomos construindo pautados por nossa paixão pelo saber, pela troca, pela vontade de aprender mais, pelos laços afetivos formados durante o processo e em toda convivência no decorrer do ano letivo.


Essas pessoas, personagens, Personas (STANISLAVSKI, 1976), não passaram impunes em minha vida – ou será que fui eu que não passei impune na vida deles(as) ? – com certeza contribuíram para o meu ‘ser educador’ (ALVES, 1984), e agora nada mais justo que estarem juntos também na apresentação deste trabalho, que neste sentido, deixa de ser só meu e passa a ser deles(as), passa a ser nosso, porque:
“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...” (ALVES, 1994, p.3).


         Este trabalho trata disso: do quanto é importante para nossa prática pedagógica e nosso crescimento humano, a presença da afetividade, do ouvir e se relacionar com o outro e mais: que não há conhecimento significativo sem a intervenção sensível do ser humano. E de forma coletiva, não esqueçamos: 

* Trabalhado apresentado à Profª Dra. Martha Copolillo, na Pós Graduação da UFF, em 2012.** Quem se interessar é só falar (deixe seu comentário ;) que envio o trabalho completo